quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Meu ninho


Três travesseiros e o pé no chão
Um banquinho de jornal, um violão
O meu canto colorido

Um quadro de mandala em forma de sol
Uma caixinha de bala, um relógio preto
Um copo d’água pra refrescar o espelho

Que reflete em mim, que bate nela
Meu pensamento voa pra chegar nela
Que bate em mim, que bate nela
Meu pensamento voa pra chegar até ela

O basculante de vidro se despedaçou
Virou mosaico na peça que me inspirou
A vela branca que derreteu virou as lágrimas do que não deu

No meu ninho eu construo o que for
O meu metro quadrado virou o meu diário

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Volta pra casa


O que era você
O que a gente viu
Tá guardado na memória
Tá marcado na história
Que hoje sumiu

O motivo real ninguém deve saber
Um segredo guardado bem desvendado por você

Poder de vitória, sensação de derrota
Pode ser que um dia eu te encontre na volta
Quero ver onde mora, aonde vai se esconder
E que o sentimento amargo não esteja com você

Ninguém vai entender
Ninguém vai entender
O motivo real que estou voltando para casa, amor

Eu andei, eu andei
Subir montanhas e mares velejei
E eu não encontrei, não encontrei
O que achei no caminho de volta a minha casa, amor

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pesadelo de um sonho

Sentimento de culpa ou de dor
Da questão que viveu em mim
Hoje acordo do sonho bom
Que era bom até eu fingir


Sentimento de culpa ou de amor
Sentimento que tinha em mim
Hoje acordo do sonho bom
Era bom enquanto eu dormia
Era bom enquanto eu não despertava


Conheci uma pessoa amada
De um jeito bonito e são
Hoje vejo na estrada errada
E me pego na contra mão


Acordei do sonho por que não estava bem
Queria tanto entender a vida
De esse ser que me fez refém
Refém da dor, da escravidão
Do próprio medo que tinha no coração


Vou seguir minha vida bela
Sem limpar a mancha do chão
São cinco da manhã e eu tenho outra visão
Do que posso enfrentar, do que posso imaginar


Não vou me lamentar por que o sonho acabou
Com o sonho aprendi
O erro do sonhar é não saber a hora de acordar
Vou viver a vida sem medo de errar
Quero viver no espaço sem medo de me machucar

Toda derrota é bem-vinda
Toda dor é passageira
Mesmo que dure muito tempo
Um dia a mancha vai deixar de ser preta

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Lenda nem Ficção

Me tenha, me veja, me queira, me surpreenda
E perceba que eu não sou lenda
Me veja, me queira, me tenha, me surpreenda
Eu não sou lenda, sou de verdade

Me faça ver e crer que no mundo existe amor
Existe com paixão, existe com paixão
Existe eu e você, não é possibilidade não
É um fato marcado mais que consumado então

Me tenha, me veja, me queira, me surpreenda
Eu não sou lenda nem ficção

Livre Caminhar

Mãos atadas, pés descalços
Eu quero continuar
Mãos atadas, pés descalços
Eu quero me enfrentar

Quero enfrentar o medo que tenho de lá de fora
Quero superar o medo que faço agora
Quero entender as coisas que dizem por aí
Quero enfrentar pessoas que não sabem o que vivem

Eu quero viajar, quero conhecer a vida
Quero entender o que tem além da curva da estrada
Eu quero ir além, buscar só sentimentos do bem
Quero me cuidar também e ver você feliz agora

Aqui dentro de mim
Você vai ser a rosa que sempre foi
Você vai ser a rosa que inspira o meu jardim

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Proceder da dor

Se eu soubesse do meu futuro
Construiria um grande muro
Pra me separar de você
E não te fazer sofrer

O sentido eu encontrei
As palavras eu nunca sei
A forma de dizer que nasci para você

Dor, tudo isso causa dor
Tudo isso causa dor
E só tenho a te dizer
Deixa o futuro proceder

Aprendi só de te olhar
Convivendo pra entender
Que o sentido da vida é ter a certeza de merecer






quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O carnaval em mim


É pra você que faço mais uma canção
É tudo seu e não abro mão
Dizem que eu te enfeiticei, mas só foram confetes que joguei
Na minha avenida você é ala principal
Enredo do meu samba e frase final

O carnaval está em mim
Sete dias de amor sem fim
Você é minha segunda á sexta, é minha semana inteira

Tempos de chuva ou sol, curtimos tudo em um tom maior
Vivendo o bom da vida, sendo sua nem me importo com outra alegoria
O carnaval está em mim
Mas é sensação que não vai ter fim

Como neném

É ingênua, é serena
Como o brilho da manhã, como o meu despertar
Apareceu na minha vida como quem leu o q ela escreveu
É tudo tão diferente, os sintomas da gente
Pra ver no que é que dá, pra ver no que é que dá

Sai de dentro de mim e vem despertar
Essa vontade louca de te ninar

Vou te mostrar meu mundo
Pra aprender a andar, aprender a falar minha língua
Aprender a falar
É tudo tão diferente, os sintomas da gente
Pra ver no que é que dá, pra ver no que é que dá

Maravilha de te ter

Maravilha de ter, coisas novas pra fazer
Desarrumar a mala e arrumar o coração
Viajando com você
Essa viagem pode ser fora de órbita
E uma praia pode ser nosso planeta

Vem ver o que tenho pra te dar
E deixa essa viagem te guiar

O caminho se abriu, a noite chegou, o dia raiou
O tempo voou, a hora passou
E nada disso a gente viu

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A moeda

Você falou que eu não ia vencer
Me chamou de um pobre coitado
Pois pedras no meu caminho
Disse que eu era um alienado

Você falou que eu não ia vencer
Me chamou de um pobre coitado
Pois pedras no meu caminho
Mas a moeda tem dois lados

Vira e cai, vira e cai
A moeda tem dois lados
Vira e cai, vira e cai
Um lado é redondo e o outro é quadrado

Suas palavras me fizeram sofrer
Me deixaram cabisbaixo
Mas o mundo dá tantas voltas
E a moeda tem dois lados
A moeda tem dois lados 

Vira e cai, vira e cai
A moeda tem dois lados
Vira e cai, vira e cai
Um lado é redondo e o outro é quadrado 

Você fechou os olhos, não olhou pra mim
Disse que eu não ia conseguir
Você virou as costas e nem olhou pra trás
Agora que estou aqui, não vou voltar atrás